terça-feira, 11 de setembro de 2012

Principais Filósofos do período Helenístico



Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.)

Filósofo da Grécia antiga, destacou-se por procurar construir seus conceitos a partir de constatações das realidades do mundo observável, tendo deixado também contribuições propriamente científicas. Os antigos gregos, a partir de Aristóteles, acreditavam que todas as coisas eram compostas a partir de quatro elementos: a Terra, o Fogo, a Água e o Ar. E haveria um quinto elemento, do qual seriam compostas as estrelas.





(Aristóteles)

 

 

 

 

Aristarco (310 a.C.-250 a.C.)

O astrônomo grego Aristarco foi o primeira a propor que a Terra gira em torno do Sol e em volta de si mesma. Seu modelo heliocêntrico do Universo tinha o Sol estacionário no centro, cercado por planetas que se moviam em órbitas circulares contra um fundo de estrelas fixas e distantes.
O único trabalho conhecido de Aristarco é "Sobre o Tamanho e as Distâncias do Sol e da Lua", um registro de suas tentativas de medir esses tamanhos e distâncias, evidentemente sem nenhuma precisão. Seus cálculos se baseavam na Geometria e nas sombras produzidas num eclipse. Aristarco percebeu que o Sol era muito maior do que a Terra, e a partir daí deduziu que o Sol estava no centro do Universo. A maioria dos gregos não aceitou as idéias de Aristarco, que foram ignoradas.
Por incrível que pareça, o "Almagesto" de Ptolomeu dominaria o estudo da astronomia dos próximos 1.500 anos, com sua visão geocetrista.





(Aristarco)

 

 

 

 

Eratóstenes de Cirenia (276 a.C.-195 a.C.)

A pessoa que destruiu definitivamente a idéia da terra plana, ainda em voga, foi o matemático grego Eratóstenes, que mediu com precisão o tamanho da Terra. Ele constatou que ao meio-dia do dia do solstício de verão o Sol ficava a prumo sobre um poço profundo situado em Siena, no Egito. Eratóstenes mediu o ângulo com o qual o Sol passava no mesmo dia sobre Alexandria e chegou ao resultado de 7,2 graus, cerca da qüinquagésima parte do arco do círculo. Como sabia que a distância entre Siena e Alexandria era de 790 km, Eratóstenes multiplicou 50 por 790 e chegou ao número de 39.770 km para a circunferência da Terra, bem próximo do real (cerca de 40.000 km).
Considerando-se a precisão dos instrumentos disponíveis há 2.200 anos, este resultado pode ser considerado surpreendente.





(Eratóstenes)

 

 

 

 

Hiparco (?-127 a.C.)

A grande descoberta do astrônomo grego Hiparco foi a trajetória do Sol no céu. Observando a estrela Spica, na constelação da Virgem, ele descobriu a precessão dos equinócios (um deslocamento aparente das estrelas ao longo de um período de 25.800 anos, causado pelo movimento da Terra sobre o seu eixo).>/p>
Hiparco calculou o ano solar em 365 dias e 6 horas, com uma impressionante diferença de apenas sete minutos em relação ao tempo real (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos) e o período lunar em 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,5 segundos (na realidade, 29 dias, 12 horas e 18 minutos). Isso tornou possível prever os eclipses da Lua com margem inferior a uma hora.
Também calculou as distâncias entre a Terra e o Sol e a Terra e a Lua. Foi o autor do primeiro catálogo de estrelas (com um total de 850 itens), concluído em 129 a.C., que ainda era usado 1.800 anos mais tarde. Neste catálogo as estrelas são classificadas por um sistema que é a base da atual escala de magnitude aparente.






(Hiparco)

 

 

 

Ptolomeu (90–168 d.C.)

Claudius Ptolemaeus foi um filósofo e matemático grego que contaminou a astronomia durante um milênio e meio após a sua morte. O termo "universo ptolomaico" descreve sua visão do Universo, com a Terra no centro, amplamente aceita até o século XVII e imposta pela famigerada Inquisição da Igreja Católica.
Ptolomeu expandiu o trabalho de astrônomos da antigüidade como Hiparco com uma coleção de 13 livros, dos quais o mais importante é o "Almagesto".






(Ptolomeu)
Enciclopédia do Espaço e do Universo - Copyright © 1996 Dorling Kindersley e Tradução Brasileira Copyright © 1997 Editora Globo S.A.



Sócrates, o mentor

Sócrates        

No ano de 469 a.C nascia  o mentor e fundador da filosofia, Socrates. Socrates foi um ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seu alunos, Platão. Muitos defendem que os diálogos de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates a ter perdurado da Antiguidade aos dias de hoje.

         Através de sua representação nos diálogos de seu estudante, Sócrates tornou-se renomado por sua contribuição no campo da ética, e é este Sócrates platônico que legou seu nome a conceitos como a ironia socrática e o método socrático. Este permanece até hoje a ser uma ferramenta comumente utilizada numa ampla gama de discussões, e consiste de um tipo peculiar de pedagogia no qual uma série de questões são feitas, não apenas para obter respostas específicas, mas para encorajar também uma compreensão clara e fundamental do assunto sendo discutido. Foi o Sócrates de Platão que fez contribuições importantes e duradouras aos campos da epistemologia e lógica, e a influência de suas idéias e de seu método continuam a ser importantes alicerces para boa parte dos filósofos ocidentais que se seguiram a ele.
      
     Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor. Porém, muitas vezes seus amigos o zombavam, pela sua incapacidade de trabalhar o mármore. Mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre acabava atrapalhando tudo. Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de Delfos, como um grande educador. Mas foi somente junto com a sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação. 
Sócrates foi casado com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve um filho, Lamprocles. 

    Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficando imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra o caráter lendário da figura Socrática.

Sócrates







Morte
Eu predigo-vos portanto, a vós juízes, que me fazeis morrer, que tereis de sofrer, logo após a minha morte, um castigo muito mais penoso, por Zeus, que aquele que me infligis matando-me. Acabais de condenar-me na esperança de ficardes livres de dar contas da vossas vida; ora é exactamente o contrário que vos acontecerá, asseguro-vos (...) Pois se vós pensardes que matando as pessoas, impedireis que vos reprovem por viverem mal, estais em erro. Esta forma de se desembaraçarem daqueles que criticam não é nem muito eficaz nem muito honrosa." Sócrates
 

       O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão (Apologia e Críton). Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação a morte, bebendo o veneno chamado cicuta, se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos.
    
      Platão considerou que Sócrates foi condenado por questões evidentemente políticas. Por seu lado, Xenofonte atribuiu a acusação a Sócrates a um fato de ordem pessoal, pelo desejo de vingança. O propósito não era a morte de Sócrates mas sim afastá-lo de Atenas e se isso não ocorreu, deveu-se à teimosia de Sócrates.

"Morte de Sócrates por envenenamento"




Período Pré-Socrático


Entre os séculos IX e VI antes de Cristo, o mundo grego passou por uma profunda transformação. Ocorreu uma ampla mudança política, social, religiosa e cultural, envolvendo múltiplos fatores que não são ainda totalmente compreendidos. Por um lado, o contato comercial e cultural muito intenso com outros povos, nesse período, trouxe ao mundo grego uma variedade de ideias que passaram a ser confrontadas com o pensamento tradicional. Isso envolveu a entrada de novas concepções religiosas, políticas, filosóficas, científicas. O aparecimento de uma classe econômica poderosa, através do comércio, enfraqueceu a antiga aristocracia. Surgiram novos valores e uma sociedade mais aberta, pessoas mais confiantes em seu próprio poder individual, com um enfraquecimento de toda a tradição cultural e do respeito pelos mitos, pela religião e pela autoridade antiga.
Os filósofos anteriores a Sócrates são chamando de Pré-Socráticos e escreveram obras que no entanto não foram conservadas. Tudo o que se sabe sobre eles é indireto, baseado em pequenos trechos de seus escritos, citados por autores que vieram depois deles (os fragmentos dos pré-socráticos) e em descrições feitas por autores posteriores a Sócrates(os testemunhos ou doxografia).
A característica fundamental do pensamento grego está na solução dualista do problema metafísico teológico, isto é, na solução das relações entre a realidade empírica e o Absoluto que a explique, que Deus e mundo ficam separados um do outro. Consequência desse dualismo é o irracionalismo, em que fatalmente finaliza a serena concepção grega do mundo e da vida. O mundo real dos indivíduos e do vir-a-ser depende do princípio eterno da matéria obscura, que tende para Deus como o imperfeito para o perfeito; assimila em parte, a racionalidade de Deus, mas nunca pode chegar até ele porque dele não deriva. E a consequência desse irracionalismo outra não pode ser senão o pessimismo: um pessimismo desesperado, porque o grego tinha conhecimento de um absoluto racional, de Deus, mas estava também convicto de que ele não cuida do mundo e da humanidade, que não criou, não conhece, nem governa; e pensava, pelo contrário, que a humanidade é governada pelo Fado, pelo Destino, a saber, pela necessidade irracional. O último remédio desse mal da existência será procurado no ascetismo, considerando-o como a solidão interior e a indiferença heróica para com tudo, a resignação e a renúncia absoluta.
Fonte: mundociencia.com.br

O Início


A filosofia da Grécia Antiga teve como foco o papel da razão e da indagação. Muitos filósofos nos dias de hoje admitem que a filosofia grega foi responsável pela formação do pensamento ocidental desde o seu início; o matemático e filósofo Alfred North Whitehead afirmou que "a filosofia ocidental é apenas uma série de notas de rodapé à [obra de] Platão." Há uma linha clara em contínua de pensamento que se estende dos filósofos gregos e helenista, passando pelos cristãos e filósofos islâmicos medievais e do Renascimento europeu e do Iluminismo.
Alguns estudiosos alegam que a filosofia grega tem influencias da literatura e das cosmogonias de civilizações mais antigas do Oriente Médio antigo.
A filosofia tem uma história de mais de dois mil e quinhentos anos. Foi na Grécia Antiga que essa ciência surgiu e tomou as primeiras proporções. Embora vivessem em cidades-nações distintas e rivais entre si, os gregos conseguiram desenvolver uma comunidade única de língua, religião e cultura, que foi responsável pelo grande avanço da ciência na Idade Antiga. A genialidade grega foi responsável pelo avanço de diversas áreas do conhecimento, como artes, literatura, música e filosofia.
A filosofia grega pode ser dividida em três fases: período pré-socrático, socrático e helenístico.
Fonte: http://pt.wikipedia.org